Na imagem destacada acima, vemos retalhos de couros, têxteis ou sintéticos?
Parece que tem um pouco de cada, mas não. A matéria prima de todos é o couro.
Isto é o resultado dos trabalhos que têm sido feitos no couro nas últimas décadas.
Certamente temos muitos motivos para essa evolução de acabados tão bonitos e atrativos e como não poderia deixar de ser, parece que a coisa vai indo para um caminho que precisa ser pensado na volta.
Ao longo da história do couro, a indústria química vem atuando de forma efetiva para transformar o couro em um material atrativo e de grande beleza.
De fato, os resultados foram tão positivos que não tardou muito para o surgimento de materiais sintéticos exatamente iguais ao couro.
A questão é que não chegaram a produzir um couro sintético, fizeram a reprodução dos acabamentos aplicados na superfície do couro em outra superfície. Simples assim!
A superfície do couro ou a base do couro é o que tem menos importa. O que vale é a maquiagem aplicada, porque é ela que conta como fator atrativo e não o produto base.
A coisa andou tão rápido que o consumidor já não sabe mais distinguir a matéria prima couro do que seja um material sintético.
E com razão, afinal a base dos dois materiais é constituída dos mesmos produtos sintéticos:
Que diferença faz a origem animal do couro (bovino, caprino, ovino, etc.) se os mesmos estão cobertos de resinas, pigmentos, gravações, hot stamps, desenhos, grafismos e tudo mais?
Se antes a produção de sintéticos trabalhava para imitar o couro, agora a indústria do couro parece estar copiando os sintéticos.
Nessa realidade de mercado, a indústria química por sua vez vai muito bem obrigada. E como fica a cultura do couro como produto natural e orgânico?
Quem vai dar o primeiro passo para resgatar o Couro com cara de Couro?
Coragem e atrevimento: Uma luta contra a indústria química e a indústria da moda.
Responderemos o mais breve possível.